A dermatoscopia é uma ferramenta que há mais de 20 anos em nosso meio vem sendo utilizada na prevenção secundária do câncer de pele, ou seja, em seu diagnóstico precoce.
É uma técnica não invasiva, chamada de microscopia in vivo, que aumenta a acurácia diagnóstica do câncer de pele, mas que depende do treinamento do dermatologista e da dificuldade diagnóstica da lesão.
A partir do ano 2000 a utilização do dermatoscópio ganhou mais adeptos, com a publicação crescente de artigos, de consensos e do desenvolvimento de aparelhos mais leves e portáteis. É considerado o “estetoscópio” do dermatologista, segundo Iris Zalaudek, pioneira austríaca e divulgadora da Dermatoscopia mundialmente. O dermatoscópio manual ou portátil conta com aumentos de 10x.
Com ela, menos lesões benignas seriam desnecessariamente retiradas para se achar um melanoma, ou seja, um menor NNT (número necessário para tratar).
- É uma ferramenta bastante útil no dia a dia do dermatologista.
Toda lesão suspeita e com dermatoscopia também suspeita deve ser confirmada pela histopatologia, após a retirada cirúrgica da lesão cutânea.
A dermatoscopia é portanto ferramenta auxiliar in vivo de hipótese diagnóstica para a condução do casos de lesões pigmentadas na pele.
Com alguns critérios dermatoscópicos vistos com esse exame, há como por exemplo priorizar as cirurgias com necessidade de mais urgências, como as suspeitas de melanoma cutâneo.
Em 2010, a dermatoscopia foi reconhecida pelos próprios autores da regra ABCD como uma ferramenta auxiliar para essa triagem mais precoce do melanoma, uma vez que nem todos os melanomas terão todos os critérios ABCD.